Filme: A Invenção de Hugo Cabret


Quando a mocinha de 12 anos mostrou ao pai o livro ‘A Invenção de Hugo Cabret’, ele resolveu fazer uma adaptação cinematográfica da história. Estamos falando de ninguém menos, ninguém mais do que Francesca Scorsese, filha mais nova de Martin Scorsese.
Mas qual é o mistério de Hugo Cabret para concorrer a 11 Oscar? Bem, é super simples. O filme é PERFEITO. Poderia passar duas páginas de post só comentando o quanto belo e contagiante é esse novo longa de Scorsese. E cá para nós, Martin acertou em cheio nesse hein?!
Não teve nada que eu não gostei do filme (tirando o título, que explico mais a diante). As cores, Paris, a fotografia digna de você querer arrancar os olhos só para ficar gravado aquelas imagens lindas na sua mente.
Tenho que admitir que nunca coloquei muita fé nesse filme, pois não é de hoje que Scorsese me decepciona, e o que seria diferente nessa história infantil ? Não é a área dele, não é sua zona de conforto e mais uma decepção não me faria ficar de bem com esse diretor que eu amo tanto.
Mas o Scorsese fez um trabalho de verdadeiro maestro, contando a história de um menino que vive acertando os relógios da estação Gare du Nord, Paris. Hugo Cabret (Asa Butterfield) é um garoto órfão, que logo depois da morte do pai relojoeiro (Jude Law), vai morar com o tio na estação de trem concertando os relógios de lá, mas seu verdadeiro desejo é concertar o autônomo (um robô feitos de peças de relógio) deixado pelo pai, que ele acredita que contém uma mensagem.
Além de consertar coisas, Hugo observa através de seus grandes olhos azuis o mundo a seu redor. Casais se apaixonando, um inspetor manco veterano da guerra... Tudo para ele (e para o telespectador) é grande e mágico.
Uma das pessoas que o garoto conhece é o velho George (Ben Kingsley), dono de uma loja de brinquedos na estação. Ao ser pego pelo idoso roubando peças, Hugo tem que trabalhar na loja para se redimir. O que o jovem não sabia é que ele havia começado a trabalhar com o grande diretor de cinema Georges Méliès, pioneiro em levar efeitos visuais para a telona e criador de mais de 500 filmes.
A partir daí, Cabret embarca em uma aventura nos primórdios do cinema, começando com as histórias sobre o cotidiano dos irmãos Lumière , levando junto todos que querem participar dessa aventura.

Hugo Cabret é sobre o começo do cinema. Cinema como vemos, cinema bom e bonito de se vê. Diferente do seu concorrente ‘O Artista’, ele segue contando a magia que os longas trazem para as pessoas. O castelo de sonhos, todos seus desejos se realizam.
Só uma coisa me incomodou no filme , como disse no começo, foi o título nacional do filme. Levando o nome original, eu não vi nada INVENTADO por Hugo. Ele conserta as coisas (inclusive o velho George), mas não inventanada. (Um dos motivos pelo qual Scorsese colocou apenas ‘Hugo’ em seu título americano.)
Se escolher vê filme (escolher não, porque ele é quase uma obrigação para ser visto), vejam em 3D. Assim como Méliès, Martin leva a tecnologia ao extremo, com cores vivas e alegres.
Um filme infantil para adultos, crianças e alienígenas. Não tem como não se apaixonar.

PS: ESSA RESENHA FOI FEITA POR ALGUÉM QUE AMA CINEMA, AMA SCORSESE E AMA SONHOS. 

Categorias ao Oscar:
Melhor Filme  

Melhor Diretor
Melhor Roteiro Adaptado 
Melhor Trilha Sonora Original 
Melhores Efeitos Visuais 
Melhor Fotografia
Melhor Figurino
Melhor Direção de Arte
Melhor Montagem
Melhor Edição de Som
Melhor Mixagem de Som

Nota: 9.5
Título Original: Hugo
Direção: Martin Scorsese 
Roteiro: John Logan, Brian Selznick (livro)
Elenco: Asa Butterfield, Ben Kingsley, Chloë Moretz, Sacha Baron Cohen, Helen McCrory, Christopher Lee, Michael Stuhlbarg, Emily Mortimer, Jude Law, Richard Griffiths, Frances de la Tour, Ray Winstone.
Duração: 126 minutos


9 comentários:

Karine Marinho disse... Responder comentário

Já tinha achado o cartaz fofinho, mas não sabia da história e nem que ela era tãaaaaao boa. Agora tenho mais um filme para assistir hehe. *-----*
E é lógico que Scorsese ia fazer muito bem era "para sua filha", certo?! :D
Beijos,K.
Girl Spoiled

Natália Limiro de Castro disse... Responder comentário

Nossa...deve ser muito bom.

beijinhos

Anônimo disse... Responder comentário

Parece muito bom! Estou louca para assistir, mas acho que vai demorar um pouco para chegar no cinema da minha cidade... Lindo blog!
Tem um selo pra você lá no http://chicletebipolar.blogspot.com/!

Angélica disse... Responder comentário

Oláá!

Adorei seu blog e estuo seguindo, se quiser segui o meu tb, ficarei feliz :D

Beijao!

www.tracasebaratas.blogspot.com

Crítica de Salto Alto disse... Responder comentário

Sempre gostei de Scorsese, mas não levei muita fé no título infantil... Afinal, sou daquelas que quando ouvem Scorsese pensam logo em algo mais pesado, com trilhas densas e ritmo mais lento, mas Hugo Cabret é apaixonante! Mal posso esperar pela noite do Oscar, para conferir se a academia se encantou pelo garoto tanto quanto eu.

Aliás, parabéns pelo blog, ele é muito interessante e muito rico, já há tempos que procuro por algo assim na internet.

Se puder, passe no meu blog, talvez encontre lá algo com o que se identifique, assim como encontrei aqui.

http://www.criticadesaltoalto.blogspot.com/

Anônimo disse... Responder comentário

Oláá, tudo bom?
Depois de um tempão (quase um mês) estou de volta com meu blog, la to explicando oq aconteceu, e com novidades e fotoos! rs
Espero vc de volta com sus comentarios lá!

Beijããão
larysilvestre.blogspot.com

Any Brasil disse... Responder comentário

ai quero assistir
trendluxo.com.br

Fernanda N disse... Responder comentário

oie emanuella!
olha, vou ter que discordar de você... eu fui assistir "hugo" no cinema semana retrasada (também odiei o título em português) e não achei tudo isso não... claro, a fotografia é linda, as cenas são vívidas e cheia de cores e a história é bonitinha, mas eu achei o filme muito paradinho e inclusive bocejei várias vezes, por ter ficado com sono. não me arrependo de ter ido assistir e também não sei se levou algum oscar das categorias que foi indicado, mas eu não acho que tava merecendo tanto assim... claro, tem toda a coisa da magia, da história do cinema e tal, mas não achei um filmão... aliás, longe disso! daria nota 7... :)
beijo, beijo!

Danielly Stefanie disse... Responder comentário

Estou louca para ver esse filme, é, ainda não vi. Por causa de todos os elogios, com certeza deve ser um filme ótimo. Quanto ao título que você comentou, eu acho que quando fala Invenção de Hugo Cabret, não quer dizer que a invenção seja dele, mas do pai que deixou para ele, ou seja, ela passa a pertencer a Hugo sem este ser o criador. Essa é a interpretação que tirei, mas não sei se é a correta.

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